Com os dados do Conselho Oleicola Internacional enviados pela Entidade maior para ARGOS sobre a importação de azeitonas na campanha citada no título (lembrando que os períodos das campanhas começam em outubro de um ano e terminam em setembro do ano seguinte),para que se dissemine os mesmos em nossos meios de comunicação.
Então chegamos a seguinte conclusão:
Nessa última campanha os dados apurados nos mostram um crescimento de 8% na importação de azeitonas feita pelo Brasil,enquanto os EUA e Rússia aumentaram apenas 5%, em suas importações de azeitonas, passamos de cerca de 101 mil/ton importadas na campanha 2011/2012 para 109 mil ton na atual campanha. Começa a ser feita uma avaliação em separado das importações efetuadas pelo nosso país tendo em vista o crescimento importante e constante das importações brasileiras tanto em azeitonas como em azeites. Hoje junto com os Estados Unidos somos os maiores importadores desses produtos, já havíamos detectado esses aumentos quando de nossos estudos sobre importações baseadas no quinquênio 2006/2010 e já havíamos projetado esses aumentos naquela época(estudos ARGOS/2011). Hoje com base nesse mesmo estudos já estamos sentindo que existem possibilidades concretas de uma variação para mais em 2014 e 2015, pelas atuais condições aquecidas de importação, poderemos facilmente passar das 120 mil ton de importações de azeitonas(que era a projeção daquele estudo) e chegarmos a mais de 130 mil ton de azeitonas.
Na campanha atual analisada verificamos, pelos dados COI, que o principal fornecedor de azeitonas para o Brasil é a Argentina foram 75% das importações totais ou seja 81.323 ton. Em seguida vem a Espana com 13% das importações ou seja 14.127 ton. Peru aparece em terceiro lugar com 11% do mercado brasileiro ou seja 11.706 ton e uma surpresa o Egito aparece como quarto maior fornecedor de azeitonas para o Brasil com 1% do mercado ou seja 975 toneladas. Isso pode dar uma ideia da grandiosidade do mercado brasileiro e do potencial de crescimento que ele tem para os próximos anos.
Avaliação do desses números de importações pelo Brasil e suas tendências.
Dentro dos dados apresentados de importações de azeitonas, quais as conclusões fundamentais que podemos tirar.
Em primeiro lugar existe uma tendência de modificação no perfil dos países que fornecem azeitonas para o nosso país.A Argentina hoje tem a maior parte do mercado , mas começam a aparecerem outros países que também querem um naco da fatia desse mercado. Existe um olhar diferente para o nosso mercado interno que passou nos últimos cinco anos por um incremento forte de importações . Nosso mercado cresceu tanto no item azeitonas como azeite em mais de 100% nos últimos 06/07 anos,assim começam a aparecer outros fornecedores de azeitonas no mercado , com é o caso do Egito e outros que estarão aqui entre nós nos próximos tempos , além é claro de um aumento significativo das importações de azeitonas dos países como Espanha, Peru . A tendência natural , se não houver um trabalho forte dos produtores argentinos é a importação de azeitonas seguir o mesmo rumo das importações de azeites daquele pais que ano a ano vão caindo e que hoje os azeites argentinos mal chegam a 9% do mercado nacional. Sem falar do trabalho que começa a ser feito por aqui para trabalharmos a questão das plantações de oliveiras que podem frutificar e nos dar a condição de produzirmos tanto azeites como azeitonas de qualidade.
Os primeiros passos estão sendo dados nesse sentido para formarmos polos de fornecimento de produtos oriundos da oliveira , principalmente nos Estados do Sul do Brasil. Isso é um movimento natural da agricultura que reage em função das necessidades mercadológicas que envolvem a produção e o interesse de muitos em apostar e entrar nesses novos mercados.Exemplo vivo disso tudo é o trabalho que está sendo feito pela nossa Associação nesse sentido.
texto : Guajará J. Oliveira e Junior Mocelin- Presidente e Vice da ARGOS