Temos indicadores que nos estão a mostrar que nessa campanha 2023/2024 (produções no hemisfério norte) e campanha no hemisfério sul (2024) teremos poucas produções de azeite de oliva . Isso é facilmente demonstrável pela seca quer assolou a Espanha o principal produtor mundial (cerca de 40% de tudo quer se produz no mundo) e outros países da costa do mediterrâneo como Itália, Grécia,Portugal e países da África como Marrocos, Tunísia. Só para citar alguns. Em todos esses países existe uma sub produção nessa campanha que está começando a partir de setembro/23. As mudanças clímáticas, sem dúvida nenhuma, estão por trás disso tudo aliados a fenômenos de alternância de produção (ano produz muito, ano produz pouco). No hemisfério sul não estará sendo diferente e aqui falamos do principais produtores como Argentina, Uruguai, Chile e também Australia. Existem estimativas otimistas de que haverá produção mundial que pode chegar a cerca de 1,5 milhões de toneladas ou seja mais ou menos metade do que se produz no mundo (cerca de 3,3 milhões de tonenadas). Essas são previsões mais otimistas. As consequências dessa redução de produção já podem ser vistas nas gôndulas dos supermercados. No caso da Europa o azeite de oliva praticamente dobrou de preço saindo do patamar de 3.8 euros para 7,6 euros e em alguns casos 8,7 euros( o litro) Isso reflete , também, no Brasil o segundo maior importador de azeite (considerando somente paises- já fizemos muitos artigos sobre isso e ficamos felizes quando vemos que alguns especialistas vão a tv falar baseado no que já escrevemos sobre o tema ) cujo azeite nos supermercados e casas especializadas variam de 36,00 a 50,00 a garrafa de 500 ml. Claro que esses preços estão mais localizados nos supermercados pois em casas especializadas uma garrafa de 500 ml de azeite de oliva pode chegar a 150,00 ou muitas vezes mais. O grande problema que enfrentaremos no Brasil nesses tempos complicados de baixa produção além dos preços altos , as misturas, mesclas, azeites adulterados, etc.. Essa será a tônica de comercialização em 2024. Quanto a produção no Brasil também teremos pouca produção afinal estamos apenas engatinhando no segmento. Apesar das muitas informações truncadas e superavaliadas sobre tudo que diz respeito a olivicultura e produção de azeites no país. O consumidor, é lógico, pagará o pato. Todo cuidado será pouco na questão aquisição de azeites de oliva que além de preços nas alturas, quem consome terá que conviver com as questões da qualidade do azeite . Temos difíceis para o Setor mundial.
Tempos dificeis para produção mundial de Azeite de Oliva
- Azeites em embalagens Bonitas melhoram a qualidade dos mesmos?
- Concorrência desleal no comércio de azeites de Oliva no Brasil? onde Cara palida?