A   R   G   O   S

Notícias do Curso Master “Expert em cata de Azeites Virgens” en Jaén Espanha-Laboratórios, fraudes e mezclas

Como sempre fazemos em nossas atividades pós-aula .Conversamos com os professores do Curso para trazermos ,em forma de notícias, aos associados da ARGOS, única entidade organizada com reconhecimento internacional, e aos futuros associados e os interessados de uma forma geral no tema, alguma coisa relacionada com o tema no qual estamos nos especializando para podermos mais e melhor trabalhar a questão olívicola dentro do que nos propomos como organização e como profissionais especializados, para desenvolver o segmento.

Tudo dentro da missão da Entidade e da nossa proposta para desenvolvimento da olivicultura brasileira, não basta somente transcrevermos artigos sobre o tema de livros publicados ou de artigos escritos via “internet” como temos visto alguns escritos no Brasil porque isso é apenas e somente informação superficial.
Essa semana tivemos aula com Dr. Juan R. Izquierdo do Laboratório Agroalimentário do Ministério da Agricultura da Espanha.Nosso conhecido do curso que fizemos em 2011.

Uma reconhecida autoridade do setor do controle de qualidade dos azeites comercializados pela Espanha. Em uma conversa pós aula Dr. Ramón nos contou que ano passado uma alta funcionária do seu Setor com larga experiência e conhecimentos de azeites esteve de férias no Brasil(Rio de Janeiro e São Paulo) e em uma oportunidade esteve em um famoso restaurante onde foi jantar. Nesse jantar foram servidos em acompanhamento aos pratos um azeite de oliva que segundo o “maitre” era um extra virgem de extrema qualidade, em uma garrafa muito bem apresentada com rótulo de grande beleza . A investigadora antes de utilizar-lo, não fugindo de sua curiosidade como pesquisadora, pediu para que fosse aberta a garrafa e usando de seus conhecimentos analisou sensorialmente o azeite constatando que tratava-se de uma mezcla de baixíssima qualidade. Pediu para o pessoal do restaurante a garrafa pois queria levá-la consigo.

O que lhe foi negado pois a casa não fazia esse tipo de concessão. No dia seguinte a investigadora voltou ao mesmo restaurante e fez sua refeição mas junto levou um pequeno frasco com o qual retirou uma amostra do azeite. Em sua volta a Madrid levou o azeite ao laboratório para constatar que coisas aquele “dito azeite continha” pois já sabia que tratava-se de uma fraude. Em análise constatou que o famoso azeite de alta qualidade era composto de oleo de girassol e de azeite de oliva lampante (quem nem e próprio para consumo.

Esse pequeno relato de uma autoridade do porte do Dr. Ramón demonstra a total falta de conhecimento que temos sobre azeites e suas qualidades e o quanto temos que trabalhar para que issto mude. É para isso que estamos aqui e para isso que viemos .Adquirir conhecimento sobre o setor , sobre azeites e interagir com os demais colegas de muitos países produtores para em um futuro construirmos parcerias e convenios visando dar uma melhor sustentabilidade ao que queremos e ao que idealizamos para a olivicultura brasileira que ainda está engatinhando,mas que já tem profissionais se intitulando “profundos conhecedores do tema”.

Também durante a semana tivemos aula com a Dra. Dalila Demnati de Rabat(Marrocos) que discorreu em suas aulas sobre a qualidade dos laboratórios de analises de azeite de oliva.Credenciamentos e autorizações de funcionamento sobre sua adequação as regras européias e do COI.

Temos dito que o segmento precisa estar interagindo com o mundo olívicola vendo como ocorrem as coisas no segmento fora e como podemos fazer para agregarmos valor a olivicultura que necessitamos em nosso país.
A a olivicultura a ser instalada (não temos nada ainda) tem um longo caminho a percorrer. Mesas redondas ou discussões com que não tem experiência no Setor e nem conhecimento de como ele funciona não agrega valor e nem tras as informações necessárias para trabalhar a questão olívicola. Não há discussão onde não há conhecimento. Isso é básico, pois gera confusão, má informação e pode rapidamente trazer frustrações e prejuizos aos desavisados. Todo trabalho a ser feito , necessariamente, passa por um outro nível de participação, conhecimento que certamente ainda não temos.

A nossa resposabilidade com o que fazemos e com o que temos por fazer pelo Setor nos leva a ir buscar conhecimento onde ele está para poder inserir um trabalho de qualidade e uma política que traga resultados aqueles que estão entrando no Setor e aos futuros investimentos de grande monta que estão por vir e que temos conhecimento e para os quais somos constantemente consultados.

Texto: Guajará J. Oliveira -Pres.da ARGOS desde Jaén

Fotos de Juan Garcia Lopez (aluno do curso de Expert):

Guajará com Dr. Ramón Izquierdo

Pres. da ARGOS com a Dr. Dalila do Marrocos

Guajará com Dr. Sebastián Villasclaras diretor do Curso

Dr. Ramón, Guajará e a Pesquisadora Sol do Inta da Argentina

Dra. Dalila ministrando sua aula